Anteriormente conhecida como Terreiro do Paço, a Praça do Comércio é uma vibrante praça no centro de Lisboa que vale muito a pena visitar.
O seu nome anterior, Terreiro do Paço, foi dado devido ao palácio ali construído no final do século XV chamado Paço da Ribeira. Curiosamente, Terreiro do Paço ainda é usado por muitos, pois foi o nome dado à estação de metro.
Durante a expansão comercial causada pelas especiarias vindas do oriente no século XV, a área tornou-se um importante centro de comércio, levando Rei Manuel a construir esse palácio real.
A ideia não era apenas alocar a família real numa área muito importante, mas também centralizar poder, já que o palácio tinha no seu primeiro andar vários escritórios para os ministérios marítimos que controlavam as operações comerciais.
Após o estabelecimento da família real no palácio, o porto tornou-se um ponto de entrada para a nobreza ou outras figuras importantes que visitavam o rei.
Infelizmente, o palácio foi destruído durante o grande terramoto de 1755, perdendo todas as suas riquezas acumuladas (tesouros de arte, literatura e cartografia).
Foi apenas após o plano de reconstrução liderado pelo 1.º Marquês de Pombal sob o reinado de José I (1755), que a praça foi renomeada Praça do Comércio.
Os novos edifícios abrigavam principalmente escritórios governamentais como o Ministério das Finanças, Administração Interna, Ministério da Agricultura, e Assuntos Marítimos.
No 1.º de fevereiro de 1908, D. Carlos I, então rei de Portugal, e o seu filho D. Luís Filipe, foram assassinados ao passarem na praça.
Dois anos depois, a monarquia portuguesa foi derrubada pela Proclamação da República a 5 de outubro de 1910.
Após esta revolução os edifícios foram pintados de rosa, mas rapidamente voltaram ao seu amarelo original.
No século XX, o seu espaço serviu como estacionamento para os moradores e visitantes, até se tornar uma área pedestre nos anos 90.
De frente para o Rio Tejo, podemos ver os vestígios do seu porto, o Cais das Colunas.
No centro da praça, vemos um belo monumento.
Dedicado a D. José I, esta foi a primeira escultura equestre em Portugal e o primeiro monumento a um rei em Lisboa.
A norte, deparámo-nos com um magnífico arco.
Chamado Arco do Triunfo da Rua Augusta, é possível visitar o seu topo e maravilhar-se com uma vista panorâmica da praça e da avenida à qual se conecta – a Rua Augusta.
Ao nível da rua, vemos vários estabelecimentos como restaurantes, hotéis, cafés e barracas com vendedores de artigos artesanais.
Uma paragem obrigatória ao visitar Lisboa, atualmente a Praça do Comércio é frequentemente hóspede de muitos eventos culturais e comemorações nacionais.
Acontecimentos históricos e curiosidades relacionadas à praça:
1.º de dezembro de 1640 - Restauração da Independência do domínio espanhol - Aprisionamento no Palácio do Paço de Margarida de Saboia, vice-rainha de Portugal, e morte do seu Secretário de Estado, que foi morto e atirado por uma janela durante a revolta.
Abriga o café mais antigo de Lisboa, Martinho da Arcada (1782), alegadamente o favorito de Fernando Pessoa.
Junho de 1910 - a praça foi categorizada como Monumento Nacional de Portugal.
18 de fevereiro de 1957 - A Rainha Elizabeth II desembarca no porto da praça de visita a Lisboa.
25 de abril de 1974 - A praça testemunha a Revolução dos Cravos.
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